terça-feira, 25 de março de 2014

LENDA SOBRE ODÉ ARÒ. Muito Linda e Interessante.


Havia numa aldeia do Kétú uma família considerada estranha pelos demais aldeões, por sempre se manterem isolados dos demais.
Certa feita, o Alakétú ordenou que fizessem uma incursão a citada família e os trouxessem diante do Rei!

No dia seguinte, ainda pela madrugada, os guardiões de Alakétú prosseguiu com a missão ora determinada.

Ao chegarem na casa da Família, o Patriarca da mesma encontrava-se de saída para a caça, costume do Povo do Ketu, saírem ainda pela madrugada para melhor localizarem suas presas ainda sonolentas...

Os guardiões do Alakétú então informa ao Pai daquela Família o que os levou aquela incursão, e procedendo tal como foram designados, levaram toda a família em procissão para o Palácio do Alakètú, mas o que intrigava aos Guardiões era um cesto grande que a esposa do Caçador levava consigo de forma amedrontada!

Em um certo trecho da estrada que parecia infinita, a esposa do Caçador dirigiu-se ao seu esposo e comunica-lhe que algo não estava bem com o que havia no cesto, o que de pronto fez com que o Caçador solicitasse aos Guardiões que parassem num córrego próximo daquela estrada, o que de pronto foi atendido.

Todos acomodaram-se, e a Iyá do Caçador de forma ligeira apressou-se para o córrego, neste momento a Iyá tropeça e o cesto vira-se ao chão, para surpresa de todos um moleque robusto e com olhos esbugalhados salta de dentro do sinistro cesto, todo emaranhado de folhas de panacéia, gigoga e osibatá!

Os Guardiães por acharem estranho demais aquela situação ordena que todos voltem a fila e pegam o moleque robusto e joga sobre a cela do cavalo, num ímpeto e ligeiro ato, o moleque pôs-se a cavalgar para a surpresa dos guardiães que desconhecia a origem do jovem meninote !
Os pais foram aprisionados e levados até o Rei!

Lá chegando toda a façanha fora explicada ao Alakétu, que exigiu explicações plausíveis a família, que então pôs-se a relatar minuciosamente a todos os presentes a origem daquele jovem menino!

Por ocasião da submersão da Floresta Africana, aquele jovem menino foi deixado para trás e Iyá N'ilá Esposa de Odé Agana que encontravam-se em uma copa avistou o moleque assustado, e como tudo a volta estava sendo tragado pela terra Agana pula e socorre o meninote e o deposita num cesto e o mesmo ficou sendo criado por ela até aquela data, e por se saber que não se deveria criar filhos que não eram seus era proibição e lei daquela aldeia, Iyá N'ilá pôs a esconder o meninote até aquela data!

O menino achando que havia sido covarde em fugir e deixar a família a deriva nas mãos daquelas autoridades e por receio do que poderia acontecer a eles resolveu adentrar a cavalgada o Palácio do rei e ao frear deixou o Rei estupefato pela destreza e maestria com que cavalgava!

Naquele momento o Rei reconheceu o filho perdido por ocasião da submersão, e então nomeou Odé Agana o Guardião dos altos da Cidade do Ketu, que é o mesmo Odé Arò que encontramos nos Ogués das casas de Candomblé pendurados no alto, e dito o Oxosse que não põe os pés no chão, e a sua esposa moraria no outro Ogué em qualquer outra parte da casa!
E o menino foi louvado o verdadeiro nome que ele proprio desconhecia "Odé Ogberunjá!!", que daquele dia em diante não se habituava mais ficar as vistas dos outros, e é por este motivo ser o único Oxosse que mora em panela fechada de barro, diferentemente dos demais !
Tocou-se um longo agueré em homenagem a família Arò e todos se confraternizaram!

Opaoká Ogberunjá
Opaoká Ogberunjá
Opaoká Ogberunjá oké
Opaoká Ogbarunjá l'onà !


Obs: Ogué - (chifres de boi ou cornos), pertencentes a Odé.



Pra você que deseja estar dando os primeiros passos na religião.Permita-me algumas dicas:


Jamais escolha uma casa por ''status'' ou fama;Jamais escolha uma casa por fundamento;Jamais escolha uma casa pelo tamanho;Jamais escolha uma casa por que é em um bairro nobre;Jamais escolha uma casa por que pessoas (famosas) fazem parte;


Ouça seu coração porque é através dele que o seu Orixá irá falar com você.Escolha uma casa em que as pessoas lhe respeite como ser humano e ame o Orixá acima de tudo.Procure saber sobre a conduta do sacerdote, dos filhos da casa e das pessoas que frequentam.Ali será sua segunda casa e a segunda casa daquilo que existe de mais precioso em você: seu Orixá!Sim, a segunda, porque a primeira casa do seu Orixá é o seu coração e a sua primeira casa é no coração. 
Uma frase de Pierre Verger reforça que na África existem iniciados:


"Olójó Oní mo jùbá o
E jé mi jisè
Ti Olódùmarè rán mi
Bi Elémí kò gbà á
Olódùmaré Àse
Olódùmaré a rán rere sí i o..."

"Senhor deste dia, meus respeitos
Deixe me cumprir a missão
da qual Deus me encarregou
Se o Senhor desta vida não a impedir
Possa Deus mandar sua benção
Para o meu trabalho."

Eleda mi, Modupe o... Epa Baba!!



ITAN AOS PÁSSAROS SAGRADOS.

A LENDA DOS SAGRADOS PÁSSAROS. Uma antiga história yorùbá, diz que Olodunmare Eleda Ohun Gbogbo, o criador de todas as coisas, disse q...