segunda-feira, 19 de maio de 2014

IYÁ ASAGBÓ PERTENCENTE A FAMÍLIA REAL - TIA DE SÁNGÒ.



YA ASABO 

Iyá Asagbó ou Axabó - Orixá feminino da família de Xangô é a irmã de Iyá Massé Malé, e assim sendo tia de Xangô.
Usa vestimentas nas cores vermelho e branco ou rosa (podendo ser estampado). Usa sempre pano da costa. Traz na mão uma lira.
Iya Axabó faz parte dos fundamentos do quarto de Xangô, e segundo algumas tradições Xangô não deve ser assentado sem ela.
Iyá Axabó também faz parte fundamental dos ritos da fogueira de Xangô.

Muitos sacerdotes abrem asés, mas esquecem muitos detalhes e às vezes detalhes que fazem a diferença dentro de um ilê asé e esta divindade tem por obrigação ser assentada a quem faz fogueira para Sangó e Ayrá e a família de Oyó.

Principalmente as pessoas que são destes orisás mas é um grupo pequeno e restrito que tem tal conhecimento de tal iyágbá e é ela quem proporciona o sonho aos Yáwos ( iniciados enquanto recolhidos ) e também juntamente e fundamentalmente fundamentada com Yá mí sendo uma delas também no culto Geledé, e Ossaim o senhor das folhas tanto que ela rege todo o omieró feito no axé juntamente com ele, ela deve ser arrumada no quarto de Sangó e lá cultuada lembrando que ao arrumar Iyá Massé Malé (mãe de Xangô) ) tem que arrumar Iyá Asagbó e vice e versa: uma não caminha sem a outra e só se acende a fogueira para Sángo caso tenha ela assentada em um Ile asé não e apenas pegar uma amontoado de lenhas e tacar fogo.

Muito pelo contrário, há varios orisás como exemplo Iyá Sogbá (Yemonjá) também responsável por participar da fogueira de Sángo que devem ser assentados para que se realize esta maravilhosa festa uma das mais lindas do candomblé. portanto sem esta iyágbá assentada não se pode ser feita a fogueira com seu total asé e com Sángo e Ayrá satisfeitos senhores principais da fogueira.

Por que Iyá Assagbó se tornou importante para o banho de folhas dadas aos iniciados

Em Oyó terra onde Sángo foi rei teve uma terrível época de seca e neste período como a cidade do rei Sángo sempre estava em guerra com outros estados vizinhos Sángo enviou AYRÁ seu ministro a cidades vizinhas que se encontravam em dificuldade para que seu povo obtivesse ajuda e água.

AYRÁ voltou frustrado sem nada ter conseguido por ninguém gostar de Sángo e por ele mesmo ter tido várias guerras com estes povos, no entanto em visita a região sua tia Iyá Asagbó viu a situação de seu sobrinho e ela mesmo tomou os apetrechos das mãos de Ayrá e partiu para os mesmos povos.

Conseguiu com seu temperamento quente e utilizando de magia que aprendera com as Yá -mi tudo que precisava e a tão sagrada água dos povos vizinhos fazendo com que o povo de Oyó se limpasse e recoloca-se tudo em ordem.

Trouxe de um babalawô local um amuleto e entregou aos cuidados de Ayrá Adjaossí (responsável pelas chuvas) e desde então jamais faltou água a casa e ao reino de Sángo que confiou a Iyá Assagbó sua tia, a missão de todo e quaisquer iniciados no seu culto ou o culto yorubá que nenhum banho abençoasse nenhum iniciado que não fosse consagrado além de Ossaim, e também à Iyá Assagbó.

E todo ano também em virtude das grandes festas que acontecem em Oyó e indispensável a sua presença para a fogueira.

terça-feira, 25 de março de 2014

LENDA SOBRE ODÉ ARÒ. Muito Linda e Interessante.


Havia numa aldeia do Kétú uma família considerada estranha pelos demais aldeões, por sempre se manterem isolados dos demais.
Certa feita, o Alakétú ordenou que fizessem uma incursão a citada família e os trouxessem diante do Rei!

No dia seguinte, ainda pela madrugada, os guardiões de Alakétú prosseguiu com a missão ora determinada.

Ao chegarem na casa da Família, o Patriarca da mesma encontrava-se de saída para a caça, costume do Povo do Ketu, saírem ainda pela madrugada para melhor localizarem suas presas ainda sonolentas...

Os guardiões do Alakétú então informa ao Pai daquela Família o que os levou aquela incursão, e procedendo tal como foram designados, levaram toda a família em procissão para o Palácio do Alakètú, mas o que intrigava aos Guardiões era um cesto grande que a esposa do Caçador levava consigo de forma amedrontada!

Em um certo trecho da estrada que parecia infinita, a esposa do Caçador dirigiu-se ao seu esposo e comunica-lhe que algo não estava bem com o que havia no cesto, o que de pronto fez com que o Caçador solicitasse aos Guardiões que parassem num córrego próximo daquela estrada, o que de pronto foi atendido.

Todos acomodaram-se, e a Iyá do Caçador de forma ligeira apressou-se para o córrego, neste momento a Iyá tropeça e o cesto vira-se ao chão, para surpresa de todos um moleque robusto e com olhos esbugalhados salta de dentro do sinistro cesto, todo emaranhado de folhas de panacéia, gigoga e osibatá!

Os Guardiães por acharem estranho demais aquela situação ordena que todos voltem a fila e pegam o moleque robusto e joga sobre a cela do cavalo, num ímpeto e ligeiro ato, o moleque pôs-se a cavalgar para a surpresa dos guardiães que desconhecia a origem do jovem meninote !
Os pais foram aprisionados e levados até o Rei!

Lá chegando toda a façanha fora explicada ao Alakétu, que exigiu explicações plausíveis a família, que então pôs-se a relatar minuciosamente a todos os presentes a origem daquele jovem menino!

Por ocasião da submersão da Floresta Africana, aquele jovem menino foi deixado para trás e Iyá N'ilá Esposa de Odé Agana que encontravam-se em uma copa avistou o moleque assustado, e como tudo a volta estava sendo tragado pela terra Agana pula e socorre o meninote e o deposita num cesto e o mesmo ficou sendo criado por ela até aquela data, e por se saber que não se deveria criar filhos que não eram seus era proibição e lei daquela aldeia, Iyá N'ilá pôs a esconder o meninote até aquela data!

O menino achando que havia sido covarde em fugir e deixar a família a deriva nas mãos daquelas autoridades e por receio do que poderia acontecer a eles resolveu adentrar a cavalgada o Palácio do rei e ao frear deixou o Rei estupefato pela destreza e maestria com que cavalgava!

Naquele momento o Rei reconheceu o filho perdido por ocasião da submersão, e então nomeou Odé Agana o Guardião dos altos da Cidade do Ketu, que é o mesmo Odé Arò que encontramos nos Ogués das casas de Candomblé pendurados no alto, e dito o Oxosse que não põe os pés no chão, e a sua esposa moraria no outro Ogué em qualquer outra parte da casa!
E o menino foi louvado o verdadeiro nome que ele proprio desconhecia "Odé Ogberunjá!!", que daquele dia em diante não se habituava mais ficar as vistas dos outros, e é por este motivo ser o único Oxosse que mora em panela fechada de barro, diferentemente dos demais !
Tocou-se um longo agueré em homenagem a família Arò e todos se confraternizaram!

Opaoká Ogberunjá
Opaoká Ogberunjá
Opaoká Ogberunjá oké
Opaoká Ogbarunjá l'onà !


Obs: Ogué - (chifres de boi ou cornos), pertencentes a Odé.



Pra você que deseja estar dando os primeiros passos na religião.Permita-me algumas dicas:


Jamais escolha uma casa por ''status'' ou fama;Jamais escolha uma casa por fundamento;Jamais escolha uma casa pelo tamanho;Jamais escolha uma casa por que é em um bairro nobre;Jamais escolha uma casa por que pessoas (famosas) fazem parte;


Ouça seu coração porque é através dele que o seu Orixá irá falar com você.Escolha uma casa em que as pessoas lhe respeite como ser humano e ame o Orixá acima de tudo.Procure saber sobre a conduta do sacerdote, dos filhos da casa e das pessoas que frequentam.Ali será sua segunda casa e a segunda casa daquilo que existe de mais precioso em você: seu Orixá!Sim, a segunda, porque a primeira casa do seu Orixá é o seu coração e a sua primeira casa é no coração. 
Uma frase de Pierre Verger reforça que na África existem iniciados:


"Olójó Oní mo jùbá o
E jé mi jisè
Ti Olódùmarè rán mi
Bi Elémí kò gbà á
Olódùmaré Àse
Olódùmaré a rán rere sí i o..."

"Senhor deste dia, meus respeitos
Deixe me cumprir a missão
da qual Deus me encarregou
Se o Senhor desta vida não a impedir
Possa Deus mandar sua benção
Para o meu trabalho."

Eleda mi, Modupe o... Epa Baba!!



ITAN AOS PÁSSAROS SAGRADOS.

A LENDA DOS SAGRADOS PÁSSAROS. Uma antiga história yorùbá, diz que Olodunmare Eleda Ohun Gbogbo, o criador de todas as coisas, disse q...